Turismo corporativo é investimento com retorno

A globalização, o crescimento da economia do Brasil e a maior inserção do Espirito Santo no cenário nacional vêm exigindo das empresas uma mobilidade maior de seus funcionários e executivos, o que trouxe reflexos importantes também para a rede de hotelaria brasileira e capixaba, em particular. As viagens corporativas são cada vez mais necessárias e priorizadas para aumentar o mercado das empresas. Aos números: em 2013, os gastos com turismo de negócios aumentaram 14%, atingindo R$ 36,79 bilhões. Este número quase dobra quando consideramos o efeito multiplicador na economia, incluindo outros segmentos que são impactados. Estudo da Oxford Economics, realizado com mais de 500 companhias, que afirma que para cada US$ 1,00 gasto em viagens de negócios, a empresa traz US$ 12,50 de retorno. Levando em consideração os crescentes custos com esse segmento, que, hoje, já é a terceira maior despesa nas grandes companhias, percebemos que há uma grande consciência no que diz respeito à necessidade de fazer viagens. Cresceu também por parte das empresas a busca de lugares que ofereçam salas de reunião e auditórios bem equipados para palestras, treinamentos, apresentações e outras iniciativas destinadas aos funcionários ou clientes. Os chamados eventos corporativos podem representar uma substancial parcela da receita dos hotéis que contam com essa estrutura. Esses espaços e serviços específicos não são utilizados nas viagens turísticas, mas já são essenciais na hora de criar projetos de novos hotéis para atender ao público de negócios, que é quem costuma ocupar as dependências durante a semana. Piscina, academia, restaurante, wi-fi, serviço de despertar, lavanderia, estação de trabalho e até sala de visitas podem ser encontrados nos melhores empreendimentos. E aqueles hotéis situados em cidades praianas ou com grandes atrativos culturais complementam metade da sua ocupação de negócios com o turismo de lazer e de eventos. Assim, é possível unir a facilidade e praticidade obrigatória dos serviços corporativos com a diversão e o relaxamento do turismo de lazer. E quanto maior a satisfação com as instalações e serviços, mais a contribuição de nossas belezas naturais, maiores as chances de retorno desses hóspedes para o turismo de lazer, surpreendidos pelo que o Espírito Santo oferece como atrativos.

 

LUIZ FANTIN é diretor de marketing no setor hoteleiro. Artigo publicado no Jornal A Gazeta de 16/10/2014.

Tags:

Leia também