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Vida nova! Todo mundo quer uma vida nova, tudo mundo reivindica urna mudança, mas poucos são os que se atrevem a mudar.0 desconhecido assusta, provoca insegurança, por isso a grande maioria prefere andar em círculo, fazendo sempre as mesmas coisas. E o pior: esperando resultados diferentes. Esse é o nó da questão. Se a gente faz tudo sempre igual, o resultado será sempre igual. Para que a vida possa ser nova é preciso que as pessoas se renovem, que se atrevam a ter novos pensamentos, novos sentimentos e novas ações. O mundo só muda quando a gente muda. Se você continua preso aos seus pontos de vista, se insiste em ter razão sempre; se demonstra apego a coisas e pessoas; se resiste a passar pelos caminhos desconhecidos, é claro que a vida não poderá ser nova para você... tudo continuará do mesmo jeito... as mesmas queixas, as mesmas expectativas, o mesmo tédio de sempre. Não há nada de errado com o mundo... nunca houve. Se você olha para ele e só consegue enxergar o caos, é porque dentro de você há muita escuridão,. h não pense que o seu estado de espírito está desse jeito em função de fatores externos. Não adianta culpar o patrão, o marido, a mulher, o vizinho, o governo e nem Deus. Você mesmo criou o inferno em que está vivendo. Foram as suas escolhas e, quem sabe, a sua rigidez que o levaram ao lugar onde você se encontra agora. Ninguém tem poder algum sobre você, tudo acontece com o seu consentimento. Consciente ou inconscientemente. Buscar culpados para situações que nós mesmos criamos só revela urna tremenda imaturidade espiritual. A melhor coisa a fazer é se investigar, caminhar na própria direção, encarar a sombra dentro de você. Não tem escapatória., se alguma coisa precisa mudar, neste momento, é você! Investigue-se e você verá que por trás de todo sofrimento existe o apego. Se a característica da vida é o movimento constante, e se em determinado momento você resolveu se apossar de alguma coisa, recusando-se a andar pra frente, é claro que você vai experimentar um grande sofrimento. Você está indo na direção contrária da vida, está se apegando a coisas que não lhe pertencem, desobedecendo a lei natural do universo... é certo que vai se perder no caminho e experimentar muito desespero e muita dor. Tem coisa mais triste do que ouvir alguém dizer "sou assim e VOU morrer assim"? Tratasse de urna pessoa inflexível, que está traindo a própria existência, totalmente fechada em si mesma, acuada diante da vida que é movimento constante. Ela certamente experimentará muito sofrimento durante a sua existência. A dor será sempre proporcional ao seu apego e à sua resistência em aceitar a vida como ela é... fluídica. impermanente... magnífica! Tudo muda no momento seguinte, nada permanece estável, estagnado. Observe as ondas do mar... elas vêm e vão... nunca se repetem iguais... se renovam constantemente... são imprevisíveis. Assim é o sol, assim são as plantas e toda a criação di vina. Assim também deveria ser o homem, que é parte do todo, que não pode se apegar ou resistir ao que existe para se movimentar permanentemente. Nada tem a promessa de ser eterno na terra. Tudo muda, tudo se renova, tudo se transforma, tudo nasce e morre... tudo passa! Aceitar a impermanência da vida é caminhar na direção da felicidade que almejamos. Não se apegar a nada e não resistir a nada é o segredo para a conquista de uma vida harmoniosa e feliz. Se você sofre da Síndrome de Gabriela (Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo sim... Vou ser sempre assim... Gabriela... sempre Gabriela), experimente começar o dia com um pequeno ato de terrorismo contra você mesmo. Imagine que hoje pode ser o seu último dia na terra... Que sensação esta informação lhe traz? Se alguma pressa de viver com mais felicidade brotar dentro de você, é sinal de que aconteceu um leve despertar, uma nova consciência está nascendo, uma mudança está em curso. Aproveite esse instante de lucidez para fazer silêncio e ir ao encontro da Divindade que repousa em você. O silêncio tem o poder de nos conectar com a fonte, com o nosso Deus interior. Quando você penetrar no espaço sagrado do seu coração, perderá o medo da mudança, tomará posse de uma coragem ilimitada para seguir em frente. Abandonará o apego e a resistência, deixará de rastejar pela vida para celebrar as bênçãos que nos chegam diariamente. Começará enfim a desfrutar da verdadeira vida. O que a Consciência Suprema programou para os seus filhos é a felicidade eterna. Se você me permite um consea lho, não perca mais tempo com as lamentações e o medo, mova-se com a vida e tudo lhe parecerá deslumbrante e belo a cada amanhecer. Ideias novas e cami-nhos desconhecidos não oferecem nenhum perigo, eles só nos revelam que somos maiores e melhores do que imaginamos. O segredo é focar na luz, nunca na sombra. Sempre na solução, nunca no problema. Somos filhos do dono do mundo, tudo que precisamos é honrar a nossa origem divina.

Jane Mary de Abreu é jornalista, consultora de marketing político e empresarial e palestrante motivacional, com foco no endomarketing, descompressão de ambientes e espiritualidade no trabalho.

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O povo brasileiro, por meio da Constituição Federal de 1988, C instituiu um Estado Democrático de Direito comprometido com a liberdade, a igualdade formal e material. O desenvolvimento susterntável, a solidariedade intergeracional e a promoção da justiça. Para tanto, estabeleceu como pilares a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores do trabalho e da livre iniciativa e; o pluralismo político. Acrescentando que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Os pilares do edificio social, de nosso tempo, indicam que todos os projetos politicos devem nascer a partir leitura e compreensão da dignidade da pessoa humana, o que implica em considerar o homem e seu habitat, seus valores e o seu tempo. Significa que deve ser considerada a relação intersubjetiva entre os diversos sujeitos de direitos e deveres que convivem em um mesmo espaço geográfico.
Neste sentido, a mesma Carta Constitucional indicou como único caminho entre o Estado de direito, justiça social, solidariedade intergeracional a democracia participativa, refletida na gestão democrática das cidades, na participação pública na formulação e execução das políticas de saúde, educação, entre outros. O cidadão do estado constitucional, que se reconhece como democrático, tem uma posição ativa de sujeito da história, portanto, deve receber todo o respeito e consideração dos que foram eleitos pela democracia representativa. É preciso apreender o real conceito de democracia proposto pela Constituição Federal de 1988. Não se trata mais de exercer o poder emanado do povo, mas de exercer o poder COM O POVO. Neste particular, há um cenário estratégico para o exercício e aprendizagem do modelo Constitucional cooperativo de gestão da coisa pública, ou seja, o cenário dialético de construção do plano diretor. O plano diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana das cidades, sendo o responsável pela definição da função social da propriedade em todo o território. Trata-se de um marco revolucionário e delimitador entre o Estado Liberal e o Estado Social. O direito de propriedade já não é absoluto e, somente será legítimo para o ordenamento jurídico se cumprir urna função socioambiental. A função socioambiental da propriedade é definida a partir de estudos que consideram a geografia do local, os marcos legais que compõem a hierarquia das normas e, principalmente a participação da sociedade. Assim, o respeito ao princípio da gestão democrática implicará, também, no respeito ao princípio da legalidade e o princípio da igualdade, na medida em que o cidadão será a um só tempo o construtor da norma e o recebedor do comando normativo. Na medida em que o processo de construção da norma permite o amplo debate e a ponderação de valores incidentes, associado a critérios técnicos, afastasse o subjetivismo, o coronelismo, a usurpação de direitos e a geração de conflitos. Como resultado do processo dialético puro, pode-se alcançar o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, que será o mesmo em cada local, mesmo conquistado por meio de planos diretores diversos. Cada local tem suas caraterísticas geográficas próprias, sua história e seus valores, portanto, a cidade a imagem da lei, não será igual, mas o produto final da construção da política de desenvolvimento urbano, esse sim, deve ser idêntico, ou seja, ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

Nicia Regina Sampaio
Promotora de justiça do Meio Ambiente de Vila Velha

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