Novas eleições. Novas práticas?

Por Mateus Mussa*

Sinceridade, criatividade e planejamento. Essas palavras chaves sempre foram muito importantes na prática de organização de uma campanha eleitoral de sucesso. Mas para as próximas eleições, de 2016, acredito que elas deverão ser ainda mais relevantes, portanto, devem ser levadas muito a sério por aqueles que almejam ocupar vagas nas câmaras municipais e se elegerem prefeitos.

Além do fator de descrédito e desinteresse perceptíveis na população quando se fala em política e principalmente políticos, é importante analisar o momento conturbado que permeia o sistema e a economia em nosso país. É inegável que o discurso de convencimento da população tem se tornado cada vez mais complexo, devido a esses e outros fatores da política nacional.

Não podemos permitir que os maus exemplos de uma parcela de políticos que não priorizam nos seus mandatos as práticas positivas façam com que o eleitorado acabe, infelizmente, generalizando e, pior, se conformando com essas práticas ultrapassadas e execráveis, dificultando ainda mais a mudança desse paradigma.

É possível encontrar bons exemplos de políticos que utilizam seus mandatos e gestões, fundamentalmente, com o interesse de contribuir para uma sociedade melhor e para a melhoria das cidades em que vivem, mas é preciso um acompanhamento e fiscalização maior por parte dos eleitores brasileiros.

Para isso, foram feitas algumas alterações no processo eleitoral, a chamada ‘‘minirreforma eleitoral’’, que dentre algumas mudanças, reduzirá o custo das campanhas; deixará o período de campanha mais curto, reduzindo de 90 para 45 dias; redução também no período de propaganda obrigatória na TV e rádio, de 45 para 35 dias; e haverá ainda maiores restrições quanto à utilização dos materiais de propaganda, como a extinção das placas e dos carros totalmente adesivados.

Enfim, as mudanças na legislação eleitoral, que serão uma realidade nas eleições de 2016, poderão proporcionar ao político e ao eleitor, uma oportunidade para mudar a forma de se fazer política e uma nova forma de olhá-la e acompanhá-la, respectivamente. Cabe a cada parte, um esforço legítimo e verdadeiro, para que a realidade das futuras gerações seja melhor que a atual.

Publicado em A Gazeta de 28/12/2015

* Publicitário e consultor político

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